Casarão do Barão de Almeida Lima
Propriedade do Barão de Almeida Lima, o casarão, localizado na rua Tiradentes, em frente a Igreja Matriz, é famoso por ter hospedado o imperador D. Pedro II e sua esposa, Dona Teresa Cristina, durante visita do casal a Capivari, em 1878.
O início da construção do imóvel data de 1842, por um dos fundadores da cidade, Antonio Pires de Almeida Moura. Com seu falecimento, o casarão foi vendido pela viúva Gertrudes de Araújo Campos a Manoel Bernardino de Almeida Lima, rico fazendeiro da cidade. Após a morte do barão, entre 1910 e 1932, funcionou no imóvel o “Hotel Corazza”.
O casarão foi tombado como bem histórico pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), Secretaria da Cultura do Estado, em 1975. O casarão é arquitetonicamente assim descrito pelo Condephaat: “Trata-se de construção em alvenaria de tijolos, da segunda metade do século XIX.
O partido arquitetônico é tradicional, construído no alinhamento do lote em esquina, com entrada lateral ao lado de um grande jardim. A sua planta é retangular, térrea, com porão baixo para ventilação. A cobertura apresenta um pequeno beiral, arrematado por cimalha e as janelas são em guilhotina de madeira e vidro”.
Estação Ferroviária
Por mais de cem anos, entre 1875 e 1980, a estação ferroviária de Capivari foi ponto de chegada e partida de passageiros e cargas que cortavam o Estado em trens.
Na década de 1990, os trilhos foram removidos pela Ferrovia Paulista S/A (Fepasa). O prédio da estação passou por alterações ao longo dos anos. Projeto de Cândido Motta Filho, o imóvel atual foi construído em 1918.
Igreja Matriz
A primeira capela da cidade, fundada por volta de 1820, deu lugar à Igreja Matriz de São João Batista, construída a partir de 1842. Entre paralisações e retomadas, a obra se arrastou por décadas até atingir, no início do século XX, o padrão arquitetônico atual.
Praças Rodrigues de Abreu e Dr. Cesário Motta
Ricas em vegetação, as Praças Rodrigues de Abreu e Dr. Cesário Motta reúnem algumas das mais belas paisagens de Capivari.
O verde predominante das árvores e plantas divide o espaço com duas fontes, um coreto e um platô, no qual foi inaugurado, em 1932, um obelisco em comemoração ao centenário da fundação da cidade.
As praças abrigam também as hermas de Amadeu Amaral (criação de Victor Brecheret), de Tarsila do Amaral (criação de Pandolfo) e Rodrigues de Abreu (criação de Tarsila do Amaral), três dos principais artistas capivarianos.
Quilombo de Capivari
Em abril de 2004, o Itesp (Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo) reconheceu como terra quilombola uma área denominada “Sítio Santa Rita”, cercada por cana-de-açúcar, localizada na rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença (SP-301), ocupada por descendentes de escravos.
Como aponta relatório técnico-científico do Itesp, a terra se tornou propriedade de Eva Barreto, que recebeu a área de seu ex-dono com o compromisso de trabalhar para pagar pelo terreno.
Desde então, até o reconhecimento do quilombo, a terra permaneceu sendo ocupada por descendentes da proprietária.